Guerra

Conquistas, vitórias, sorrisos,
Histórias, e desejos perdidos.
Estatística mística-pacífica-cruel,
É culpado todo aquele que é réu...
Devaneios ideais, ninguém erra.
E sem erros nasce a guerra.
Amores, cores e flores atingidas.
De olhares, pássaros e terras vão-se as vidas...
Pra quem, fizeram um discurso?
Nada será como antes, nada tem curso.
Chora um pai, uma mãe, uma irmã, um irmão...
Casas, prédios, árvores e corpos no chão...
Quem não atira, vence...
Quem atira, ganha...
Quem mata, sua morte, consente...
Pra quem chorar?
É só mais uma guerra...

Fragmentação dos Bálcãs, a Morte de uma Nação


Com o acordo de Dayton, em novembro-dezembro de 1995, seguida pela intervenção da Otan, a Bósnia foi esquartejada, divida num fragilíssima federação muçulmano-croata da Bósnia-Herzegovina (capital Sarajevo) e na República Srpska (capital Pale) dos sérvios-bósnios, onde todo mundo passou a se odiar ainda mais. Portanto, a culpa é coletiva. Todos os lideres dos Bálcãs, fossem sérvios, croatas, muçulmanos ou albaneses, sabiam que apelar para os sentimentos separatistas conduziria fatalmente à política da limpeza étnica tantas vezes praticada entre eles no passado. Tinham consciência que, dada a multiplicidade de etnias que a maioria dos Estados iugoslavos era composta, as declarações de independência desencadeariam as velhas paixões e acirrariam os antigos rancores. Mesmo assim, eles foram em frente e destruíram a República Federada da Iugoslávia, transformando a região inteira num caldeirão alimentado pelo ódio étnico, devido ao deslocamento das populações e pela imigração em massa de milhões de ex-iugoslavos para o exterior (o que terminou por acirrar os movimentos xenófobos na Áustria e na Alemanha recém-unificada). O resultado foi desastroso. Onde até 1990 havia, mal ou bem, um país constituído e em relativa ordem, pronto para poder integrar-se no restante da Europa, se tivesse um pouco mais de paciência, hoje existem seis frágeis repúblicas, a maioria delas empobrecida pela perdas materiais e pela fuga da população, quando não entregues ao crime organizado, sem contar com um permanente clima de frustração, misturado ao ódio étnico sempre pronto para dar seu sinal de retorno.

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