Guerra

Conquistas, vitórias, sorrisos,
Histórias, e desejos perdidos.
Estatística mística-pacífica-cruel,
É culpado todo aquele que é réu...
Devaneios ideais, ninguém erra.
E sem erros nasce a guerra.
Amores, cores e flores atingidas.
De olhares, pássaros e terras vão-se as vidas...
Pra quem, fizeram um discurso?
Nada será como antes, nada tem curso.
Chora um pai, uma mãe, uma irmã, um irmão...
Casas, prédios, árvores e corpos no chão...
Quem não atira, vence...
Quem atira, ganha...
Quem mata, sua morte, consente...
Pra quem chorar?
É só mais uma guerra...

Uma Esquina do Mundo

Nos tempos antigos, a partir do século IV, a região balcânica, genericamente chamada de Dácia pelos romanos, serviu como zona limítrofe entre o Império Romano Ocidental, com capital em Roma, e o Império Bizantino, com capital em Constantinopla. Quando, mais tarde, a Igreja cristã dividiu-se em duas, uma parte católica obedecendo ao papa de Roma, outra greco-ortodoxa, fiel ao patriarca de Bizâncio, durante o chamado Cisma do Oriente, no séc. XI, os habitantes da região também foram obrigados a optar, por uma ou por outra das religiões. Para piorar ainda mais os problemas geográficos e religiosos, no século XV a região foi invadida pelos turcos otomanos, vindo do Sul, depois de terem ocupado Constantinopla em 1453, que terminaram por introduzir mais um elemento complicador nos Bálcãs (Balcãs, em turco, significa montanhas ou zona montanhosa). Para assegurar-se da fidelidade das suas áreas ocupadas, eles obrigaram a população local, especialmente os moradores da Albânia e da Bósnia, à conversão ao islamismo. Faziam isto para as usar como barreiras hostis ao cristianismo. Enquanto a parte norte da atual Iugoslávia, as regiões da Eslovênia e da Croácia, ficaram sob a tutela dos imperadores austríacos, de cultura alemã e religião católica, o centro-sul ficou sob controle dos turcos muçulmanos até o início do século XX. Portanto, há cinco séculos, os Bálcãs ficaram divididos em três religiões rivais: o catolicismo (predominante na Eslovênia e Croácia), a greco-ortodoxa (predominante entre os sérvios, montenegrinos e os macedônicos), e o islamismo (majoritário entre os albaneses e os bósnios).

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