Guerra

Conquistas, vitórias, sorrisos,
Histórias, e desejos perdidos.
Estatística mística-pacífica-cruel,
É culpado todo aquele que é réu...
Devaneios ideais, ninguém erra.
E sem erros nasce a guerra.
Amores, cores e flores atingidas.
De olhares, pássaros e terras vão-se as vidas...
Pra quem, fizeram um discurso?
Nada será como antes, nada tem curso.
Chora um pai, uma mãe, uma irmã, um irmão...
Casas, prédios, árvores e corpos no chão...
Quem não atira, vence...
Quem atira, ganha...
Quem mata, sua morte, consente...
Pra quem chorar?
É só mais uma guerra...

A Morte de Tito e a Dissolução da Iugoslávia

Quando Tito veio a falecer, em 4 de maio de 1980, entrou em efetiva prática uma constituição, adrede preparada, que tinha por objetivo alcançar a rotatividade do poder executivo para que daquele modo nenhuma das etnias se sentisse excluída do poder central. A cada período legislativo, seria um representante de uma das seis etnias maiores quem assumiria a chefia do governo. Durante dois anos, o mandato presidencial seria de um croata, depois de um sérvio, em seguida de um esloveno, e assim por diante. Não era possível adotar o sistema da eleição direta para a chefia do executivo porque, se assim fosse feito, sempre seria sufragado um sérvio, pois eles eram a maioria entre as etnias que compunham a Iugoslávia. O calcanhar de Aquiles do sistema rotativo era de que justamente aquele que deveria representar a unidade de todos os iugoslavos, o seu presidente da república, era constitucionalmente um figura frágil. Nenhum dos presidentes escolhidos pelo parlamento da federação tinha a estatura de Tito, nem estava respaldado pelo voto majoritário da população. Não demorou muito para que tudo começasse a desandar.

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